domingo, 20 de março de 2011

A sexta grande extinção pode estar a caminho (Naturlink)


De acordo com um estudo publicado na revista Nature, os investigadores concluíram que a perda de espécies na taxa actual pode levar à extinção em massa num período de 600 a 22 mil anos.

O nosso planeta já sofreu cinco grandes extinções nos últimos 540 milhões anos. Em cada uma destas cinco ocasiões, mais de 75% das espécies animais se extinguiram. Um grupo de paleobiólogos da Universidade da Califórnia em Berkeley, sugere agora a ideia que podemos estar no limiar de uma sexta extinção massiva como base de um novo estudo.

Estima-se que nos últimos 500 anos, pelo menos 80 espécies de mamíferos se extinguiram, de um total de 5.570 espécies. Segundo a investigação, para a qual foram estudados os fósseis de há 65 milhões de anos, nesta altura a Terra perdia menos de duas espécies de mamíferos em cada milhão de anos, bastante menos que o ritmo de extinção actual: um mamífero em cada seis anos.

O autor principal do estudo, Anthony D. Barnosky, professor de biologia na Universidade de Berkeley, curador do Museu Universitário de Paleontologia e investigador do Museu Universitário de Zoologia de Vertebrados, diz que " se as espécies classificadas actualmente como em perigo de extinção forem realmente extintas e a taxa de extinção continuar inalterada, a sexta grande extinção poderia ocorrer num período tão pequeno como entre 600 e 22 mil anos”.

Segundo Barnosky, é ainda possível evitar chegar-se a esse ponto sem retorno, sendo para isso necessário contrariar os diferentes factores de ameaça, tais como, a fragmentação dos habitats, causado por acções como o desmatamento desmedido; as espécies invasoras que se movem pelo planeta; as doenças e o aquecimento global, causado pelo homem e o aumento do número de pessoas no planeta.

“Até agora apenas perdemos 1 ou 2 % de todas as espécies dos grupos que podemos examinar claramente. De acordo com estes dados, parece que estamos a caminhar para a extinção, mas ainda temos muita vida na Terra para proteger ", continuou Barnosky. "É muito importante que concentremos as nossas energias e as nossas leis de conservação, se não queremos ser a espécie cuja actividade causou a extinção massiva".

"Obviamente que é um aviso”, explica Barnosky. "O que sabemos é baseado em observações de alguns galhos de um grande número de ramos que dá uma árvore na vida". O biólogo pedeque se realizem mais investigações para examinar outras espécies em profundidade, já que este estudo é baseado principalmente em mamíferos por ser a espécie que está melhor documentada nos fósseis.
"Este estudo destaca a necessidade de conservar as espécies em perigo crítico, em perigo e vulneráveis ", aponta Barnosky. "Com estas espécies, a biodiversidade da Terra mantém-se em boas condições. Mas se a maioria destas espécies morrerem, ou desaparecerem ao longo dos próximos 1000 anos, chegamos à sexta extinção massiva”.

in http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=31488&bl=1

sábado, 19 de março de 2011

Desastres

No outro dia fui abordada por duas pessoas, no meio da rua, que me perguntaram se eu já tinha pensado porque é que tudo isto andava a acontecer e entregaram-me um folheto onde se lia o seguinte: "Pode este mundo sobreviver?". Só mais é que me dei ao trabalho de ler o folheto e apercebi-me que afinal eram testemunhas de Jeová.
Pois o folheto não vai muito para alem de passagens da biblia, mas tem um paragrafo logo no inicio antes de começarem a tentar convencer-me a mudar de religião que achei muito interessante e decidi partilhar convosco.

"Nenhuma outra geração ouviu falar tanto do fim do mundo como esta. Muitos temem que o mundo acabe num holocausto nuclear. Outros acham que a poluição talvez destrua o mundo. E ha quem se preocupe de que o caos economico lance massas da humanidade umas contra as outras."Acho que apesar de estarem a ser incrivelmente oportunistas com as desgraças do mundo para promoverem a sua crença acertaram no ponto!

Ultimamente vemos catastrofes atrás de catastrofes, conflitos atrás de conflitos, crises financeiras, alimentares, etc, atrás de crises, que significará isto tudo? Será assim o nosso fim?

Há um mês atrás vimos a Nova Zelândia ser abalada por um sismo, apenas umas semanas depois vimos o Japão sofrer um dos maiores sismos as que já assistimos seguido de um devastador tsunami. Ontem voltou a verificar-se um sismo no norte do Japão. Com este sismo o eixo de rotação da terra deslocou-se cerca de 10 centrimetros e encurtou os dias em cerca de 1,6 microsegundos. Pode não parecer grande coisa mas é uma modificação bastante drastica no nosso planeta que não sofre alterações destas em situações normais. Só para terem noção a ilha onde se situa o japão descolou-se 2,5 metros num curto espaço de tempo. Centenas morreram imediatamente e milhares morreram nos dias a seguir e quantos mais ainda estarão por descobrir?
Depois existe ainda o perigo iminente de uma explosão nuclear...


Na mesma altura temos visto as lutas/protestos pela liberdade nos países arábes, como egipto, tunísia e agora Libia. Enquanto no primeiros dois as lutas foram travadas pelos seus povos e conseguiram o que pretendiam, mudanças nos seus governos, na Líbia o processo não tem sido tão... digamos pacifico apesar de nenhum o ser. Hoje as tropas norte-americanas e francesas já atacaram as tropas de Muammar Kadhafi, tropas estas que tem matado os seus opositores e protestantes quebrando assim o cessar-fogo prometido. Teremos perante nós uma nova guerra?

As crises tornam-se um pouco redundantes pois estas espalham-se por todo o lado. O mundo todo está em crise quer economica, quer alimentar ou por procura de poder. Tudo o que mencionei até aqui não foi em parte originado por alguma destas crises?

Ok, os sismos foram desastres naturais mas não estará o planeta a queixar-se do como o sobrecarregamos? Porque é que há falta de certos produtos alimentares? Porque estamos a aproveitar demais o que o planeta e a natureza nos dá!
As situações nos países arabes advem da busca pelo poder.

Então, estaremos perante o ínicio do nosso fim, o Fim do Mundo?